terça-feira, janeiro 24, 2006

Lotaria Presidencial

Sexta houve Jackpot no euromilhões. Milhares de portugueses inundaram as casas de jogo com as cruzes nos boletins e toneladas de esperança. Mas, parece que ainda não foi desta que a nossa Marisa (nossa, como quem diz do João Pinto, da Maxmen e de muitas paredes de oficinas) nos deu a tão desejada notícia. Haverá, no entanto, povo mais teimoso que os protugueses? Domingo, dia de eleições presidencias 37% do eleitorado, ainda com a adrenalina dos Jackpot's, decidiu não ir às urnas e ficou em casa fazendo figas, rezando aos santinhos e preparando todo o tipo de macumbas para que seja desta que fiquem milionários. Penso que tenha sido isso. Não estou a ver outra razão, fora a ganância por 142 milhões de euros, para que 3 milhões de portugueses não se importem com o pico da nossa pirâmide constitucional. O resultado deste vício pelo jogo vai-se espelhar sempre que fizerem uma pergunta ao nosso presidente que não estiver no alinhamento. Vai ser qualquer coisa deste género.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Memórias de um detective... (Pt. I)

Mais um dia de trabalho, são 11:33 da manhã, estou sentado no escritório passando os olhos por um arquivo, bolorento e já cheio de pó. Um pensamento insiste em martelar-me a "massa cinza" a cada segundo que passa.

"Mas porquê?"

Abri a gaveta, saquei do coldre e coloquei-o no peito.

"Doce 6.35, quantas vezes não pus já a vida na tua precisão"

Um whiskey com duas pedras aquece-me o corpo gelido antes de sair do escritório. Visto a gabardina e abro a porta.

"Mais um dia enfiado no cerne da rotina da cidade..."

Entro no carro, o motor frio não arranca à primeira, nem a segunda. Já dizia o meu velho, à terceira é sempre de vez.
Dirijo-me à morada que a velha pasta do arquivo continha. Um velho edificio, gasto, marcado pelo tempo, como um idoso que espera encontrar a fonte da juventude. Toco à campainha. Uma velha cega abre a porta, convida-me para entrar. Enquanto ando pelo longo corredor é macabro o ambiente em que me encontro, escuro, velho, moribundo. Um cheiro húmido que não consigo reconhecer deixa-me com uma certa náusea. Sento-me numa velha cadeira e ela fala-me sobre o que aconteceu naquela altura.

"Mas porquê?"

Pergunta-me se quero beber um chá, mas hoje não me apetece, o dia começou com o fiel amigo "álcool" logo pela manhã. Levanto-me, dou-lhe um beijo na face marcada por rugas de quem sofre no silêncio, de quem sofre no escuro...

"Adeus mãe..."

Sento-me no carro, uma gota de whiskey para o caminho, derrepente, tudo parece fazer uma certa lógica, que não sei ao certo como me veio parar à cabeça. Um local, uma morada. Arranco deixando um rasto de pneu queimado no crude.

"Será que é hoje? Será que tudo não passa de uma mentira?"

domingo, janeiro 22, 2006

PriT

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Não consegui resistir, apesar de ser bem melhor ao vivo. Nhec Nhec!!

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Doze lamúrias por gole

E por motivos que levam uma pessoa a estar em casa dias e dias seguidos, lá me lembrei do rádio como amenizador do meu insuportável tédio. Dadas as prévias tentativas infrutíferas de socializar com tal instrumento por mais do que duas horas seguidas, o meu medo consumia todas as hipóteses de correr bem, só que desta vez teve mesmo que ser.

Primeiro dia, balanço positivo. Poucas interrupções, apesar de já saber os anúncios de cor; músicas actuais, relativamente interessantes. Não passaram Pink Floyd, nem Stairway to heaven, o que, para os meus lados, já é um bom começo. Continuei crente... rúbrica das 22h com música coral, para esquecer. Mas bem, não tinha sido tão traumático... Normalmente não consigo ouvir uma música inteira e estou sempre a mudar de estação, até que berrem comigo.

Dia 2: Continuei a ouvir a mesma estação, agora já sabia que horários evitar. Parecia-me que as músicas se repetiam um pouco, mas nada que me admirasse.

Dia 3: Era já a terceira vez que ouvia o programa da tarde em que os ouvintes pedem músicas. Mas que porcaria, mudam os nomes das pessoas, as frases e passam a mesma sequência. Sempre a mesma coisa... E não me venham com conversas porque tenho boa memória e sei bem o que ouço. À terceira é muito!

E ainda querem apoios! A mim não me cativam desta forma. Amanhã já sei o que vou ouvir. Para isso ligo o computador e abro o winamp, com a minha fiel lista de preferências e com a certeza de não ouvir crap. Estas rádios locais...

Amigos, se querem ouvir rádio todos os dias, ou estão continuamente a mudar de estação, ou oxalá tenham mais sorte que eu na escolha sintonizada.

sábado, janeiro 14, 2006

E portanto?

E então e as novas teorias sobre uma bomba núclear Iraniana? Será que os E.U.A. também irão invadir o Irão? Armas nucleares começa-se a tornar pretexto banal para invasão de outros paises.

Tenho dito,

terça-feira, janeiro 10, 2006

Dança


Dança pequena,
E roda a tua saia sob o meu olhar atento.
Inunda-me a alma com a frescura carmesim,
E com a simplicidade de ser e não conjurar.
Que os teus pés pisem a relva verde viva,
E que eu encontre suaves sensações ocultas.

Dança pequena,
Leva-me a mim, acorrentado ao real,
Para o céu azul laranja do teu espírito.
Mostra-me a humildade dos teus grandes olhos!
Não pares de rodar... olha que o mundo pára.

Dança pequena,
Mostra a todos como somos bonitos ao sorrir...

Dança pequena,
E dá-nos luz e a tua sede de rodar.