Esquisitices

A vida é esquisita...
A quantidade de variáveis que não controlamos,
Elevam a n as lombas ou depressões que encontramos na estrada,
Mesmo quanto esta, já foi percorrido milhares de amarelo de vezes.
A velocidade com que as variáveis se elevam também se relacionam,
Com a pressão que exercemos sobre o acelerador.
Se formos rápido demais, existe sempre o perigo de um buraco,
Ser uma armadilha fatalmente preta da nossa distracção salgada.
O âmago da questão continua desconhecido e incerto para muitos,
Até para os que escolhem os caminhos mais remotos,
E que os aceleram num branco fastidioso.
Depois há o trânsito que pensamos ser algo que controlamos,
Sentimo-nos seguros nele, ainda que entediados de morte.
Mas mesmo nessas filas intermináveis, a vida pode ser curiosa e gelada.
Conduzir sozinho pode ser muito aborrecido, por isso,
Há enúmeros truques para combater o que muito poucos desejam: a solidão.
Ligar rádio é o mais comum, ainda que nada bata o principal truque...
Geralmente procuramos por um copiloto que nos faça sentir seguros.
Mas o drama cinzento acontece pela nossa incapacidade de perceber,
Que ao juntarmos duas vidas as variáveis duplicam.
A vida é esquisita, mas mais esquisito sou eu.