sábado, maio 14, 2005

Tiros no escuro

Envolto numa absurda dormência,
Fantasio com a clarividência,
De outros tempos. Tempos idos,
Irmãos que não são esquecidos.

Muitas noites sem dormir,
Muitas batalhas travadas.
Muitas mais que irão vir,
e de igual modo conquistadas.

------------------------------------

O sono é meu confidente.
Amigo como ele não há,
Sei que nunca me mente
e decerto não me enganará.

-------------------------------------

O vento lá fora assobia, cá dentro a lareira estala.

Como sou louco.
E...
Adoro.

Não consigo pensar senão em demência!
A ordem de raciocínio dá-me nojo.
Preciso do caos de ideias que fervem sempre que alguém espirra.
A minha mielina está gasta do fluxo intermitente que arde ao passar de lá para cá.
De cá para lá.
Como gosto da melancolia sóbria da qual vivo.
Ah... O são da insanidade é algo tão sublime. Tão puro. Tão delicioso...

Põe outro troço. Boa noite vento.

--------------------------------------

Sente a bravura desta declaração!
É para ti! Só para ti. Sabes que é sempre para ti... Sempre foi para ti.
Tu que me cegas desde... pffff... nem sei desde quando me cegas.
Perdoa-me, perdoa-as?
Sei que sim. No fundo também te cego um pouquinho. Não é?
É...
É!
Quando a lua vai alto e todo o mundo já sonha, eu ainda costumo pensar em ti...
Naqueles momentos que vivemos, mas especialmente naqueles maravilhosos momentos,
Aqueles em que eu quase flutuei para fora do meu corpo...
Aquleles momentos que ainda não vivemos!
Acontece a coisa mais absurda quando penso em ti...
Eu conto. Faço uma cara tão diferente.
Sorrio, alegro-me, fico nostálgico e com o beicinho... Tudo ao mesmo tempo.
Fazes-me assim estranho, absurdo... puto. Rapazolas mesmo... Gosto disso.
Gosto de ti.
Sabes a nuvens...