segunda-feira, abril 04, 2005

Acto Falhado

Ando de um lado para o outro,
Irrequieto dentro e fora de mim.
Com este vendaval de suposições,
Não admira que me chamem louco.
Não admira que tudo esteja assim.

Dizem-me: "Melhores tempos viram,
Verás como tudo irá mudar."
Aceno. Digo que acredito,
mas cá dentro penso: "Ou não."
Que raio de forma de estar.

Fantasio com finais da taça,
Para ver se me alivio e destraio.
Têm pouco ou nenhum resultado,
A confusão nem com lixivia passa.
Vivo num tubo de ensaio.

Não há meio de acalmar,
mas isso, já estou habituado.
Penetro pela floresta,
começa-me a faltar o ar.
Pela sombra tenho destino traçado.