domingo, setembro 18, 2005

últimos raios

O melhor do verão é o final. É um pôr do sol sobre o oceano, enquanto as gaivotas desenterram vestígios do que foi. É uma praia vazia e saudades de alguém. Uns pés molhados nas últimas ondas que chegam ao areal.
É um pescador ao fundo e um barco a navegar.

É tudo isto e ninguém.

segunda-feira, setembro 12, 2005

As pombinhas da Katrina

Sendo inspiração essencial o artigo de Eduardo Cintra Torres, publicado ontem na edição do Público (ver http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?a=2005&m=09&d=11&uid=&sid=4311 'As bombinhas do Katrina'), venham à luz as verdades acerca dos 'maravilhosos' Estados Unidos da América:

  1. A estratificação social existe, e está bem patente na sociedade norte-americana, como tão bem ilustra Torres, "(...) nem toda a América vive como os Ewing da série Dallas (...)"
  2. A discriminação racial e monetária prevalece, apesar dos esforços hercúleos de grandes homens, (poderia aludir, entre tantos outros, a Lincoln ou Luther King). Aos interessados em saber mais acerca deste assunto recomenda-se http://www.nytimes.com/pages/national/class/index.html
  3. Seja ponto assente que a máquina gigantesca de propaganda hollywodesca e o estilo de vida ostentado por uma muito pequena minoria de norte-americanos são o que a nossa imprensa consome, mas não correspondem à verdade, pois infelizmente a realidade social americana é totalmente contrária a esse generoso quadro.

Infelizmente existe pobreza na América, nem todos os americanos são iguais ao Bush, e tão pouco todos têm acesso a um resort de férias para quando decidem deixar o país à mercê da Katrina e das suas travessuras.

Não odieis o povo americano, revoltai-vos contra os seus governantes, que continuam a perpretrar tais crimes contra a Humanidade impunemente.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Galvaniza-te

(my finger is on the button)


O Avante já lá vai... Perfilam-se diversas opções, decisões a tomar... Sinto-me completamente extenuado só de pensar nisso.
Escolher o curso certo... Ter em conta os níveis de empregabilidade... O interesse que nutrimos por aquilo que devemos escolher... A localização do local onde vamos estudar... Só me apetece é ganir desalmadamente.
Se tudo fosse tão simples como improvisar uma tarde na companhia de quem mais gostamos... Como beber uma mini à sombrinha de um chapéu da Frize Limão, ui!, que fazem 40º graus lá fora...
Sinto um desarticulado sobressalto ao pensar nas consequências de uma qualquer decisão. Mas tenho eu culpa da conjuntura sócio-política em que vivemos? Das médias de acesso a determinados cursos serem uma aberração? De não haver emprego para certo tipo de licenciados? De me ver obrigado a optar por algo que possa não ser a opção do coração mas sim a da razão porque estou pura e simplesmente obrigado moralmente a tomar este rumo para a minha vida? Não, não tenho. Mas, merda, é assim que são as coisas, são estas as cartas que tenho na mão.
Não me conformo, sei que ganho esta rodada, tenho o ás da mesa, mas provavelmente deixo passar as manilhas que ficaram por jogar.

Venha outra bebida, que hoje é para vomitar.




(push the button)