sexta-feira, maio 20, 2005

O festival do RIR

Tenho uma pergunta, alguma vez te ris verdadeiramente?

Rir e não sorrir, porque a maior parte do nosso dia é feita de sorrisos. Amarelos ou ainda mais coloridos, etc… mas rir na sua verdadeira essência!

Rir com vontade! Achar mesmo piada ao que aquele teu amigo brincalhão diz de quarto em quarto de hora. Rebolar para um lado e outro até que te doa o estômago! Rir e rir e rir mais ainda porque não consegues parar. É alucinante e agarras-te à barriga ao mesmo que tempo que dizes “não consigo parar de chorar de tanto rir”.

Se consegues, tens sorte! Eu não consigo.
Até agora foram poucas as vezes em que me doeu a barriga. Algumas em que achei piada, e bastantes aquelas em que esboço um risinho tímido de quem não achou o mínimo interesse. Uma espécie de cinismo necessário à inserção no grupo e satisfação egocêntrica do nosso amigo.

Life’s cruel!

quarta-feira, maio 18, 2005

Ao meu Petrarca!

Hoje apetece-me nada mais, nada menos do que pensar em ti. Pensar a toda a hora, em todo o momento. Chego a olhar os autocarros que passam por mim na esperança de te encontrar, mesmo sem saber nada. Engraçada a atracção que o mistério tem sobre nós.
Sem te conhecer sinto-me feliz e com vontade de passar tardes a falar contigo sobre mordomias. Escutar-te e deleitar-me a olhar-te nas vezes em que sorris.

E nem sequer sei onde estás, quando podes nem estar na mesma cidade que eu. Mas nada disso me interessa. Só tu, tu e tu apenas. Guardo com carinho os raros momentos em que já te vi e aguardo com esperança aqueles em que te poderei reencontrar. Alguns a sorrir timidamente, outros com aquele olhar que foge do meu. Porque fazes isso? Tento afastar de mim os maus pensamentos. Pensar que talvez sejas um pouquinho como eu que vivo de castelos no ar e me alimento de sorrisos que colho por esses sítios.

Quero-te tanto. Como pode ser possível se nem te conheço? Paixões platónicas, nem mais!
Cativaste-me, mesmo!

(suspiro)

Oxalá sejas um pouco daquilo que sonhei para ti. Oxalá este quase início de paixão me deixe sorver a realidade que ciranda à tua volta. Oxalá consiga ocupar 2 minutos do teu dia. Oxalá te conheça…

(A emoção da escrita é poder ser ao mesmo tempo mais do que um só eu. Talvez este post seja lamechas, talvez demasiado pessoal, talvez impessoal. Talvez não eu, mas um pouco de todos. Este é pelas amigas e pelas paixões pueris que toda a gente sente! Até mesmo tu, que estás farto de criticar!)

sábado, maio 14, 2005

Tiros no escuro

Envolto numa absurda dormência,
Fantasio com a clarividência,
De outros tempos. Tempos idos,
Irmãos que não são esquecidos.

Muitas noites sem dormir,
Muitas batalhas travadas.
Muitas mais que irão vir,
e de igual modo conquistadas.

------------------------------------

O sono é meu confidente.
Amigo como ele não há,
Sei que nunca me mente
e decerto não me enganará.

-------------------------------------

O vento lá fora assobia, cá dentro a lareira estala.

Como sou louco.
E...
Adoro.

Não consigo pensar senão em demência!
A ordem de raciocínio dá-me nojo.
Preciso do caos de ideias que fervem sempre que alguém espirra.
A minha mielina está gasta do fluxo intermitente que arde ao passar de lá para cá.
De cá para lá.
Como gosto da melancolia sóbria da qual vivo.
Ah... O são da insanidade é algo tão sublime. Tão puro. Tão delicioso...

Põe outro troço. Boa noite vento.

--------------------------------------

Sente a bravura desta declaração!
É para ti! Só para ti. Sabes que é sempre para ti... Sempre foi para ti.
Tu que me cegas desde... pffff... nem sei desde quando me cegas.
Perdoa-me, perdoa-as?
Sei que sim. No fundo também te cego um pouquinho. Não é?
É...
É!
Quando a lua vai alto e todo o mundo já sonha, eu ainda costumo pensar em ti...
Naqueles momentos que vivemos, mas especialmente naqueles maravilhosos momentos,
Aqueles em que eu quase flutuei para fora do meu corpo...
Aquleles momentos que ainda não vivemos!
Acontece a coisa mais absurda quando penso em ti...
Eu conto. Faço uma cara tão diferente.
Sorrio, alegro-me, fico nostálgico e com o beicinho... Tudo ao mesmo tempo.
Fazes-me assim estranho, absurdo... puto. Rapazolas mesmo... Gosto disso.
Gosto de ti.
Sabes a nuvens...

quinta-feira, maio 05, 2005

Hoje vi, pela primeira vez, um daqueles anúncios "PORTUGAL TRADEMARK", provavelmente na sequência dos "O que é Nacional é bom!".
Mas afinal, pergunto-me eu, é necessário que nos digam isto? Será que cada qual não tem consciência para compreender a emblemática situação da nossa tugalândia? E porquê só agora? Estamos com medo dos chineses?
-"Maldita praga!", ouço eu perguntando:
-"Então, mas onde comprou essa carteira de pele?", creio que adivinham a resposta facilmente.
Bem, antes dos chineses já nos havíamos vendido aos espanhóis, não é verdade?

Este é um país de poucos idiotas! E é pena!
Sim, idiotas, aqueles que têm muitas ideias e são gozados pelo que vestem. Porque são simples, porque são pouco fashion...Aqueles que simplesmente não fazem da aparência a porta da alma. Mas fazer o quê?

Acho que não há volta a dar. Criticamos os outros, mas compramos os produtos deles. Não produzimos. As fábricas fecham. Voltamos a criticar. E se produzimos são demasiado caros.
-"O governo não aposta nos portugueses!"
E tu, apostas?
Já alguma vez pensaste em comprar têxteis fora da loja da moda? Não, pois não?
Se não se compra, não se venda, não se fabrica e sim, somos vítimas do desprezo governamental.

-"Ah...e tenho pena..."
E fazes algo para mudar?

Ao fim e ao cabo andamos todos à espera uns dos outros, e os poucos que dão um passo diferente são facilmente apontados por não pertencerem à esfera social idealizada por cabeças tristes.

Sim, realmente tenho pena.
Por isto e por tudo! Por andarmos a criar Drs em massa sem conhecimento. Porque o objectivo da universidade é acabar o curso. Poucos se preocupam com mais. Não procuram aprender outras coisas. Vivem apenas para aquilo e não sabem mais nada.
Vivemos até aos 30 e tal em casa dos pais. Entretanto compramos um BMW e vivemos bem, sim. E os anos repetem-se... e o pensar! E somos aceites, somos mais umas quantas marionetas manipuladas pelos media.


Mesmo bastante pena...

segunda-feira, maio 02, 2005

Bang-Bang

O estado norte-americano da Florida passou recentemente uma lei que dá direito ao cidadão com licença de porte de arma de disparar em qualquer situação desde que se sinta ameaçado. Imaginemos o sujeito X que vê o sujeito Y visivelmente embriagado e que o aborda para pedir lume; o sujeito X não têm. O sujeito Y exalta-se e começa a insultá-lo, enquanto isso o sujeito X saca da sua 9mm e deixamos de ter sujeito Y porque o sujeito X alega que se sentiu ameaçado. Hum. Estará esta lei ao serviço da segurança dos cidadãos num país em que 150 mil pessoas são feridas e 30 mil pessoas são assassinadas todos os anos, graças ás criações de Beretta e companhia? Hum. Estaremos na iminência de ver versões modernas de Billy the Kid, Jesse James, entre outros?

O Velho Oeste está de volta...